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Visita ao Campo de concentração de Auschwitz, na Polônia

  • Foto do escritor: Jessica Amaral
    Jessica Amaral
  • 5 de ago.
  • 11 min de leitura

Auschwitz, localizada na cidade de Oświęcim, no sul da Polônia, é um dos locais mais emblemáticos e sombrios da história mundial. Durante a Segunda Guerra Mundial, o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau tornou-se o maior centro de extermínio nazista, onde mais de um milhão de pessoas, principalmente judeus, foram assassinadas. Hoje, o local serve como um memorial e museu, preservando a memória das vítimas e educando as futuras gerações sobre os horrores do Holocausto.


A cidade de Oświęcim, que abriga o campo de concentração, possui uma história que remonta ao século XIV. Antes da ocupação nazista, era uma cidade multicultural, com uma significativa população judaica. A invasão alemã em 1939 transformou Oświęcim em um centro de sofrimento e morte, mas, após a guerra, a cidade se reergueu, mantendo viva a memória do passado.


Atualmente, Oświęcim é uma cidade tranquila, com cerca de 40 mil habitantes, que busca equilibrar o turismo histórico com a vida cotidiana. Além do Museu Estatal de Auschwitz-Birkenau, a cidade oferece outros pontos de interesse, como o Centro de Educação e Cultura Judaica e o Museu de Oświęcim, que fornecem contextos adicionais sobre a história local e regional.


Eu separei esse post em algumas partes e vou seguir a ordem abaixo. Recomendo a leitura completa, mas caso queira ver um ponto específico, só ir para a parte que te interessa.  

  • Como chegar

  • Visita ao Museu Estatal de Auschwitz-Birkenau

  • Outras coisas para fazer em Oświęcim

  • Onde comer


Foto: arquivo pessoal, 2024.
Foto: arquivo pessoal, 2024.


Como chegar a Oświęcim

Oświęcim está localizada a aproximadamente 70 km de Cracóvia, facilitando o acesso para os visitantes. Aqui estão algumas opções para chegar à cidade:

  • Trem: Trens diretos partem da Estação Central de Cracóvia (Kraków Główny) para a Estação de Oświęcim. A viagem dura cerca de 1h30min a 2h.

  • Ônibus: Diversas empresas oferecem serviços de ônibus entre Cracóvia e Oświęcim, com viagens que variam de 1h30min a 2h.

  • Carro: A viagem de carro de Cracóvia a Oświęcim leva aproximadamente 1h, seguindo pela estrada nacional DK44.

  • Excursões Guiadas: Muitas agências de turismo em Cracóvia oferecem excursões de um dia para Auschwitz com transporte, ingressos e guia inclusos — uma opção prática e educativa.


Foto: arquivo pessoal, 2024.
Foto: arquivo pessoal, 2024.

Visita ao Museu Estatal de Auschwitz-Birkenau

Os campos de concentração de Auschwitz, localizados no sul da Polônia, são um dos locais mais emblemáticos e trágicos da história humana. Auschwitz, estabelecido pelos nazistas em 1940, consistia em um complexo de três campos principais: Auschwitz I, Auschwitz II-Birkenau e Auschwitz III-Monowitz. 


A magnitude dos horrores vividos ali é incompreensível, e o complexo se tornou o maior centro de extermínio do regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial, responsável pela morte de mais de um milhão de pessoas, em sua maioria judeus, mas também prisioneiros de guerra, ciganos, prisioneiros políticos e outros grupos considerados "indesejáveis" pelo regime de Adolf Hitler.


Auschwitz I, o campo original, foi inicialmente concebido como um centro de detenção para prisioneiros políticos poloneses, mas rapidamente se transformou em um campo de concentração sendo um local de tortura, experimentos médicos cruéis e execução sistemática. O famoso portão com a inscrição "Arbeit Macht Frei" (O trabalho liberta) é hoje um dos ícones mais reconhecidos da Segunda Guerra Mundial e causa um impacto imediato em quem entra no local. Dentro dos edifícios de tijolos vermelhos, os visitantes encontram exposições documentais, fotografias, cartas e objetos pessoais — como malas, óculos, sapatos e cabelos — pertencentes às vítimas, que ajudam a dimensionar o horror vivido por mais de um milhão de pessoas que passaram por ali.

Legenda: clique na imagem para expandir e arraste para o lado para ver mais de Auschwitz II-Birkenau.



Auschwitz II-Birkenau, construído posteriormente, o maior dos três campos, foi projetado como um centro de extermínio, onde milhões de judeus e outros prisioneiros foram enviados para morrer nas câmaras de gás ou de exaustão. Birkenau também abrigava uma enorme área de barracões para os prisioneiros, que viviam em condições terríveis e com recursos mínimos, sendo alimentados apenas de maneira insuficiente, muitas vezes sem a possibilidade de higiene básica. Com uma área significativamente maior, Birkenau tinha capacidade para milhares de prisioneiros por vez e abrigava as câmaras de gás e os crematórios em escala industrial, onde judeus, ciganos, prisioneiros de guerra soviéticos, pessoas com deficiência e outros grupos perseguidos eram assassinados em massa. O campo é marcado por trilhos ferroviários que levavam diretamente aos locais de seleção, onde os nazistas decidiam quem seria enviado imediatamente à morte e quem seria forçado ao trabalho escravo. Caminhar por Birkenau, entre os barracões de madeira e as ruínas silenciosas das câmaras de gás, é uma experiência que transcende qualquer descrição. A vastidão do espaço, combinada com o silêncio opressor, provoca uma reflexão profunda sobre a brutalidade humana e a escala inimaginável da tragédia.

Legenda: clique na imagem para expandir e arraste para o lado para ver mais de Auschwitz II-Birkenau.



O campo de Monowitz, menos visitado, situado a alguns quilômetros de Auschwitz, foi dedicado ao trabalho forçado na indústria química, especialmente para a empresa IG Farben. Os prisioneiros ali eram submetidos a jornadas exaustivas, em condições inumanas, até que morressem de exaustão, fome ou doenças. A integração entre a máquina de guerra nazista e interesses econômicos corporativos é um dos aspectos mais perversos revelados pela existência de campos como Monowitz, demonstrando como o Holocausto não foi apenas ideológico, mas também alimentado por interesses industriais.


O significado dos campos de concentração de Auschwitz vai além de seu papel como um centro de morte. Eles serviram como um símbolo do genocídio sistemático que ocorreu durante o Holocausto e representam o ápice da intolerância e do ódio humano. 


A sua visitação é um lembrete doloroso e necessário sobre os erros do passado, sobre o impacto devastador da discriminação e da perseguição e sobre a importância de preservar a memória das vítimas, para que tragédias semelhantes nunca mais se repitam. Auschwitz também simboliza a luta pela sobrevivência e a resistência do espírito humano, com muitos prisioneiros conseguindo resistir de alguma forma, mesmo nas condições mais brutais.


Visitar Auschwitz é uma experiência profunda e emocionalmente desgastante. A visita pode ser feita de forma autoguiada, mas é altamente recomendável o acompanhamento de um guia especializado, que contextualiza os acontecimentos e compartilha informações fundamentais para uma compreensão mais profunda da complexidade daquele local. Através de uma visita guiada, os turistas têm a oportunidade de entender o que aconteceu em cada parte do campo, desde as instalações onde os prisioneiros eram processados, até as câmaras de gás e os crematórios, que eram usados para exterminar em massa. É uma oportunidade para refletir sobre a magnitude da tragédia que ali aconteceu e para honrar as vítimas que perderam suas vidas sob o regime nazista. 


As exposições do museu, que incluem objetos pessoais de prisioneiros, documentos históricos e fotografias, ajudam a tornar o local ainda mais impactante, permitindo uma compreensão mais profunda da dor vivida pelas vítimas e da brutalidade dos opressores. Além disso, elas são cuidadosamente organizadas para transmitir não apenas os fatos históricos, mas também as emoções, a dor e a resistência das vítimas. Muitas histórias individuais são contadas ao longo do percurso, revelando que, por trás dos números assustadores, havia homens, mulheres e crianças com vidas, sonhos e famílias.


Auschwitz é, sem dúvida, um lugar de grande respeito e reflexão. Aqueles que visitam o campo devem se preparar emocionalmente para lidar com o peso histórico e a atmosfera sombria do local. A visita não é apenas uma forma de aprender sobre o passado, mas também de prestar uma homenagem aos milhões que sofreram e morreram ali. Para muitos, é uma forma de confrontar os horrores do Holocausto de forma direta, sentindo de perto o impacto das atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial. No entanto, mais do que um local de dor, Auschwitz também serve como um símbolo de esperança e de luta pela preservação dos direitos humanos e pela memória histórica, nos lembrando da importância de nunca esquecer e de continuar educando as novas gerações sobre a necessidade de construir um mundo mais justo e pacífico.


A visita a Auschwitz é uma jornada de aprendizado e de conscientização. As imagens e os relatos da vida no campo são devastadores, mas são cruciais para a preservação da memória coletiva, isto é, o museu, criado em 1947, busca preservar a memória dos eventos que ali ocorreram e educar as gerações futuras sobre os perigos do extremismo, da intolerância e da desumanização. O local serve como um lembrete constante de que a intolerância, o preconceito e o ódio podem ter consequências catastróficas, e, por isso, é essencial manter viva a história, para que nunca mais se repitam os horrores vividos no campo de Auschwitz.


Foto: arquivo pessoal, 2024.
Foto: arquivo pessoal, 2024.


Além dos aspectos históricos e emocionais, a visita a Auschwitz também é um momento de responsabilidade ética. Não se trata de um passeio turístico comum, mas de um ato de lembrança, de compromisso com a verdade e de respeito às vítimas. A atmosfera é carregada, e muitos visitantes relatam uma sensação de choque, tristeza e introspecção após o tour. Não é raro ver pessoas em silêncio, chorando ou simplesmente paradas diante de uma exposição, tentando absorver o que estão presenciando. O museu também realiza eventos educacionais, palestras e colaborações com instituições internacionais dedicadas ao estudo do Holocausto e à promoção dos direitos humanos.


Auschwitz não é apenas um símbolo do genocídio nazista, mas também um espelho para a humanidade. Sua preservação como Patrimônio Mundial da UNESCO é um lembrete constante de que a barbárie pode surgir em qualquer sociedade que negligencie os valores de justiça, empatia e respeito à diversidade. A visita ao campo é um convite à reflexão sobre o presente e o futuro — sobre como estamos lidando com o preconceito, o racismo, a xenofobia e outras formas de discriminação nos dias atuais. Ao percorrer os corredores onde tantas vidas foram destruídas, somos confrontados com perguntas difíceis: como isso foi possível? Como evitar que se repita?


Por fim, é importante preparar-se emocionalmente para essa experiência. Auschwitz é um lugar de dor, mas também de resistência e memória. É onde o sofrimento humano atinge sua expressão máxima, mas também onde a dignidade e a esperança de um mundo melhor continuam sendo cultivadas. Para muitos, a visita é uma forma de homenagear as vítimas, mas também de assumir um compromisso pessoal com a luta contra a injustiça e a intolerância em todas as suas formas. Em tempos de polarização e discursos de ódio, Auschwitz nos lembra do custo do silêncio e da indiferença — e da necessidade urgente de defender os valores da humanidade, sempre.





Outras coisas para fazer na cidade de Oświęcim 

  • Centro de Educação e Cultura Judaica: Localizado no antigo bairro judeu, oferece exposições sobre a história da comunidade judaica em Oświęcim.

  • Museu de Oświęcim: Apresenta a história da cidade desde a Idade Média até os tempos modernos, incluindo a era do Holocausto.

  • Cemitério Judaico de Oświęcim: Um dos mais antigos da Polônia, oferece uma visão sobre a história da comunidade judaica local.

  • Castelo de Oświęcim: Construído no século XIV, o castelo oferece vistas panorâmicas da cidade e exposições sobre a história local.

  • Igreja de São José: Uma igreja barroca do século XVIII, conhecida por sua arquitetura impressionante e interiores ornamentados.

  • Praça do Mercado de Oświęcim: O centro da cidade, onde se encontram diversos cafés, lojas e restaurantes, ideal para uma pausa durante o passeio.

  • Centro de Memória e Tolerância: Um espaço dedicado à promoção da paz e compreensão intercultural, com exposições educativas.

  • Parque Municipal: Um local tranquilo para relaxar, com áreas verdes, lagos e trilhas para caminhada.

  • Centro Comercial Galeria Niwa: Para quem deseja fazer compras, este centro oferece diversas lojas e opções de entretenimento.

  • Igreja de Santa Teresa de Ávila: Uma igreja neogótica do século XIX, conhecida por sua arquitetura distinta e vitrais coloridos.

  • Museu de Arte Contemporânea: Apresenta exposições de artistas poloneses e internacionais, promovendo a cultura moderna na região.

  • Centro de Artesanato Local: Oferece produtos artesanais típicos da região, como cerâmicas e tecidos bordados.

  • Centro de Esportes e Lazer: Para atividades recreativas, com piscinas, quadras de tênis e academias.

  • Caminho da Memória: Um percurso que conecta os principais locais históricos da cidade, proporcionando uma compreensão abrangente do passado de Oświęcim.



Onde comer em Oświęcim

Após uma visita tão intensa, pode ser necessário um momento de pausa e cuidado. A cidade tem boas opções para refeições rápidas ou um descanso tranquilo. Aqui estão algumas sugestões:

  • Restauracja Portobello: Um restaurante acolhedor com pratos da culinária polonesa e europeia. Ótima opção para almoço ou jantar.

  • Mezzanine Restaurant & Cafe: Ambiente moderno e cardápio diversificado, com opções vegetarianas e sobremesas deliciosas.

  • Cafe Bergson: Localizado no antigo bairro judeu, é uma cafeteria que combina história, cultura e ótimos cafés. Uma parada interessante para refletir sobre a visita.

  • Pizza Express Oświęcim: Para quem busca algo rápido e informal.

  • Tutti Frutti Ice Cream & Cafe: Ótimo para um sorvete ou lanche leve, especialmente nos meses mais quentes.



A visita ao campo de concentração de Auschwitz vai muito além de uma atração turística. É uma experiência profunda e reflexiva, essencial para compreender os horrores do Holocausto e a importância de preservar a memória histórica. 


Ao planejar sua visita, é recomendável reservar ingressos com antecedência, especialmente durante a alta temporada, e considerar a contratação de um guia para enriquecer a experiência. 


Lembre-se de que este é um local de memória e respeito, e é fundamental manter uma postura adequada durante toda a visita.


Para uma compreensão visual mais profunda do local, você pode assistir ao vídeo abaixo:



Jessica Amaral

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