Amsterdam, a cidade dos canais
- Jessica Amaral
- 11 de nov. de 2018
- 4 min de leitura
Atualizado: 25 de jun. de 2024
Amsterdam faz parte do imaginário de muitos viajantes.
Os canais, a vida noturna, a sensação de que as coisas são permitidas, as tulipas, os queijos, as bicicletas, as cervejas, … tudo isso faz com que Amsterdam seja o sonho de muitas pessoas.
Falando em canais, que coisa maravilhosa é poder ver isso de perto e se perder entrando pelo caminho errado (aconteceu várias vezes comigo e agradeço ao Maps que me salvou rsrsrs).
Como muita gente deve saber, várias partes do país são considerados abaixo do nível do mar, então eles tiveram que desenvolver técnicas, ferramentas e formas de tornar a terra visível e habitável. Por essa razão, os canais na cidade de Amsterdam são uma consequência do planejamento da cidade, sendo que eles fazem parte do plano urbano e são usados como meio de transporte, para quem tem barcos, além das casas-barcos (house boats), onde as pessoas literalmente residem nos barcos.
O próprio surgimento da cidade remonta da água. Amsterdam é cortada por rio, chamado Amstel. No século 13, tinha uma barragem, que em holandês se chamada Dam. Como era comum as pessoas morarem próximo ao rio, então era frequente se dizer: “eu moro no rio Amstel, perto da barragem (dam)”, e assim nasceu o nome da cidade: Amsterdam.
As águas do rio Amstel sempre existiram, mas um dos ditados holandeses mais populares é “Deus criou o mundo, mas foram os holandeses que criaram a Holanda”, ajuda a explicar porque existem tantos canais pela cidade.
Amsterdam sofreu um grande boom populacional entre 1585 e 1685 e foi replanejada durante o século 17 com a início da construção dos canais, Herengracht, Prinsengracht, e Keizersgracht. A cidade, assim como várias outras na Europa, foi crescendo de maneira concêntrica para criar as areas residenciais e poder abrigar as pessoas que se mudavam para lá. Só que como qualquer grande cidade, a superpopulação trouxe consequências que foram sentidas ao longo dos próximos 2 séculos, como os problemas de esgoto e as doenças que surgiram, como a cólera. Veja o mapa do canais do século XVII:
No século XIX cogitaram transformar os canais em ruas e avenidas (imagina só?!). Entretanto, não conseguiram seguir com esse plano porque um dos motivos para a cidade atrair tantos turistas (e consequentemente ter movimentação de renda) era por conta dos famosos canais. Dessa forma, os canais foram sobrevivendo, o tratamento de esgoto foi evoluindo, conseguiram limpar rio Amstel e Amsterdam continua sendo uma das cidades europeias mais procuradas para o turismo.
Em 2010 a área ao redor dos três canais mais antigos que citei mais acima foi declarada Patrimônio Mundial pela Unesco, assim como a região do bairro de Jordaan. São mais de 160 quilômetros de canais, mais de 1000 pontes e quase 100 ilhas na Veneza do Norte, como é conhecida a cidade de Amsterdam por conta das comparações com a cidade de Veneza, na Itália.
Confira algumas possibilidades de passeios de barco pela cidade e seus canais:
Vejam algumas das minhas fotos pelos canais da cidade:
Imagens do arquivo pessoal.
Até breve,
Jessica Amaral
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